Ronnie Von: um desconhecido musicalmente

Ronnie Von: um desconhecido musicalmente

Ronnie Von e Vinicius de Moraes, que escreveu elogios para a contracapa do compacto de 1966.
Ronnie Von e Vinicius de Moraes, que escreveu elogios para a contracapa do compacto de 1966.

“Ronnie Von é um cantor de rock psicodélico. Como assim? Ronnie Von psicodélico? Pois é. Pouquíssima gente sabe que o Príncipe Ronnie Von teve uma fase de rock psicodélico, e muito boa a fase diga-se de passagem. Influenciado pela psicodelia Ronnie Von gravou 3 LPs: Ronnie Von n. 3 (1969), A “A misteriosa luta do reino do para sempre contra o império do nunca mais”(1969) e “A Máqina Voadora” (1970).

Mas como é isso? O Ronnie Von não é aquele cantor da Jovem Guarda que cantava músicas românticas? Um reparo aqui: Ronnie Von nunca fez parte da Jovem Guarda, na verdade ele era uma espécie de rival do programa de Roberto Carlos, pois ele tinha seu próprio programa na mesma emissora: “O Pequeno Mundo de Ronnie Von”. Ronnie tinha mais afinidades com o pessoal da Tropicália: Caetano Veloso, Gal Costa, Mutantes…

O contato de Ronnie Von com o rock tem a ver com o fato de seu pai, que tinha negócios no exterior, lhe trazer muitos discos de rock. O jovem Ronnie Von recebia de primeira mão todos os lançamentos dos Beatles, pelo menos 6 meses antes de serem lançados aqui no Brasil. Nessa época ele já tinha amizade com uma ruivinha de nome Rita Lee. Dessa forma ouviam os dois todas as novidades do que acontecia de rock na Inglaterra inclusive o rock psicodélico. Essa amizade continuou e o próprio Ronnie Von foi quem deu o nome do grupo formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias Baptista, Os Mutantes.

Mas claro, os discos foram um fracasso monumental de vendas. Ninguém, nem mesmo os jovens, para a surpresa de Ronnie Von estavam preparados para aquilo. E olha que Ronnie Von declara que fez todos esses discos de cara limpa, passou longe de qualquer tipo de ácido ou outras drogas.

Com a carreira musical encerrada desde 1996, o hoje publicitário e apresentador de TV vê uma nova geração de músicos descobrir justamente seus discos mais ousados, esquecidos durante quase 30 anos. E foram 30 bandas de garagem de todo o Brasil que prestam tributo ao cantor, organizada pela jornalista Flávia Durante. Graças a fãs como esses, a gravadora Universal lançou, pela primeira vez em CD, três álbuns do cantor.

Hoje, Ronnie Von declara: “Os momentos de irracionalidade são os mais bonitos da vida.”

Ronnie cantando Beatles, dica do BlogNaMira.

E um de seus maiores sucessos, Máquina Voadora: é um álbum do músico brasileiro Ronnie Von. É um marco da música brasileira, inspirado na psicodelia dos Beatles o disco, quase conceitual, tem como tema a aviação e faz referências aos livros escritos por Antoine de Saint-Exupéry, em particular o Pequeno Príncipe. No vídeo abaixo vemos a música que abre o álbum em trechos do documentário “Quando éramos príncipes”, do jornalista e escritor Ricardo Alexandre, dirigido pelo cineasta Caco Souza. Com depoimentos de amigos e testemunhas como Rita Lee, Manoel Barenbein e Arnaldo Saccomani, o filme conta a tentativa do “Príncipe” de estabelecer no Brasil um tipo de música pop, sofisticada e experimental como se fazia no exterior. Além de depoimentos exclusivos e farto material de arquivo, a história é contada por meio dos clássicos do período, arranjados e executados com fidelidade e inventividade pelos Haxixins especialmente para um de seus heróis, Ronnie Von.

Tom Jobim e sua genialidade em uma entrevista no Roda Viva (TV Cultura – 1993)

Tom Jobim e sua genialidade em uma entrevista no Roda Viva (TV Cultura – 1993)

É muito bom rever/ouvir esse sujeito chamado Antonio Brasileiro de Almeida Jobim. Gostaria de ter tido um dia sentado com ele em um bar; jogando um pouco de conversa ao vento.

“Senhor Antonio Jobim” além de tremendo compositor era uma pessoa muito inteligente, simpática, possuía um senso de humor inacreditável , próprio dos seres humanos iluminados.

Filmes Músicos – Parte 1


Blog da Cahu

cinema-musica

Que tal aliar música, cinema e aquela banda/cantor que tanto amamos?! Isso é o que nos propõe a vasta gama de cinebiografias disponíveis no mercado. Algumas mais fiéis que outras, em forma de documentário ou drama ficcional, vale saber, nem que seja um pouco mais, daqueles artistas que tanto amamos ou conhecer outros que não fazem parte de nosso gosto musical mas que, de alguma forma, tiveram algum impacto no mundo artístico; seja por sua música, sua vida ou ambos. Foi difícil escolher, mas, entre os vários títulos disponíveis, aqui estão 5 não escolhidos ao acaso:

The Doors O filme dirigido por Oliver Stone retrata de forma emblemática o nascimento de um mito, de uma das maiores e melhores bandas da história: das praias de Venice, Califórnia, para os palcos do mundo. Descrito como um delírio exagerado de Oliver Stone (que recolheu mais de 350 depoimentos de 160 pessoas…

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