Por Leticia Perez
“O homem é grotesco, a condição humana é grotesca”
Georges Minois
Jair é um sujeito que gosta de fazer do riso, da ironia e do escárnio ferramentas do seu plano macarrônico de poder.
No medievo o riso aparecia como um aparelho de supressão do outro, para que os sujeitos através da ironia pudessem consolidar preconceitos e construir uma sociabilidade por exclusão.
A ironia dos bufões fazia com que se instaurassem tragédias. Não havia comédia, apenas a violência e o escárnio.
Há o riso da alegria, do prazer e da liberdade. Mas, o riso de Jair é grotesco como o de Roma no século I. Não é uma mera brincadeira, ele tem o propósito de gerar mal estar, inquietação e até medo. Maria do Rosário sabe disso. Ela acerta quando afirma que as falas e atitudes de Jair são técnicas de submissão do outro, usadas na ditadura.
O…
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